segunda-feira, 27 de outubro de 2008

O que é o amor e o que ele não é


“O amor que só dirige palavras bondosas a uns, ao passo que outros são tratados com frieza e indiferença, não é amor, mas egoísmo.” Ele não funcionará de forma alguma para o bem das pessoas. “Não podemos limitar nosso amor a um ou dois objetos.” (Ellen G. White, Minha Consagração Hoje, 80).

O que você retém só para si ou para um grupinho pequeno de pessoas em termos de afeto acaba perdendo porque não tem sustentação. “Nosso amor não se deve restringir a pessoas especiais. Quebre o vaso, e o perfume encherá toda a casa.” (idem acima).

Isto não quer dizer que manifestaremos a mesma forma de amor para com todos. Quer dizer que não odiaremos as pessoas, mas procuraremos entende-las e ter compaixão para com aquelas menos equilibradas, mais sofridas, mais rudes.

Isto também não quer dizer que teremos que ter o mesmo nível de sentimento por todas as pessoas. Há pessoas não amáveis no sentido de não permitirem serem amadas. Rejeitam o amor oferecido a elas seja por atitude fria ou agressiva. Então temos que deixá-las seguir e afastar até que elas possam aceitar nosso oferecimento de amor.

Há hora de afastar e de aproximar. Há hora de falar do amor e hora de focar quieto. Há hora para tudo e nem sempre é hora para tudo. O silêncio pode ser ouro em certos momentos. Assim como a boa palavra falada na hora certa é bálsamo e justiça.

Pessoas importam da filosofia grega o conceito de amor em três dimensões, tais como o amor fraternal – ágape, o amor sexual – eros, e o amor amizade – filia. Na realidade, o amor é um só, de uma única Fonte. Ele Se manifesta de forma diferente para momentos diferentes e pessoas diferentes, segundo a capacidade e a necessidade de cada um.

Mas amor não é paixão, nem sexo, nem “ficar”. O amor é paciente e bondoso. O amor não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso. Não é grosseiro, nem egoísta. Não se irrita, nem fica magoado. O amor não se alegra quando alguém faz alguma coisa errada, mas se alegra quando alguém faz o que é certo. O amor nunca desanima, porém suporta tudo com fé, esperança e paciência. O amor dura para sempre.

Quando um ser humano se casa, por exemplo, ele não sente o mesmo tipo de sentimento igualzinho hora após hora pelo seu cônjuge. O sentimento pode flutuar, mas não o amor.

Quando alguém se apaixona é bem provável que esta paixão esteja ligada a uma imagem, ou seja, à imagem que a pessoa criou em sua mente de como o objeto amado deveria ser. Ela está apaixonada, então, pela imagem da pessoa que criou em sua própria mente, a qual pode ser muito diferente da pessoa que está ali presente na realidade de sua vida.

Daí será necessário um ajuste. Vai ter que cair do “andor” da paixão para chegar-se à realidade do que o outro é. Quando cai este “amor” idealizado, daí pode começar o amor maduro. Tudo dependerá de como a pessoa lidará com a realidade. Sua e do ser amado. O diálogo será então fundamental. Não é mais sexo ou mais presentes. Diálogo sobre o que dói e o que alegra, sobre o que agrada e desagrada, sobre o que gosta e não gosta. Mas tem que ser um diálogo sincero, com respeito, e aceitação do que cada um pode ser neste momento da vida.

O amor maduro produz felicidade e desprendimento. Com ele você fica em paz mesmo que as coisas por em volta estejam desabando.

O amor tem que ser firme no sentido de colocar limites contra abusos. O amor diz verdades de uma forma respeitadora mas firme. O amor não ataca as pessoas e nem condescende ou se compromete com o erro, a mentira, o engano.

Você que ter este tipo de amor? Ele não é vendido em comprimidos nas farmácias. Você precisa desenvolver, treinar, desejar ardentemente tê-lo e fazer sua parte para obtê-lo. E pedir. Ele é grátis. Se você deseja este amor para realmente amar as pessoas e ajudá-las, o terá. Se for para se aproveitar delas ou “faturar”(materialmente ou não), não o terá. Este amor não é bôbo, nem ingênuo, nem manipulável. O amor é um poder. Quem quiser pode tomá-lo de graça da Fonte. Você quer amor para quê?

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